O CEDUP Getúlio Vargas, preocupado com as frequentes estiagens na região e com a falta de água, implanta sistema de captação e armazenamento das águas das chuvas para irrigação do setor de olericultura.

A água é um bem precioso, cada vez mais escasso, e por isso é preciso dar a ela a devida importância. Este líquido nunca acabará, pois seu ciclo é ininterrupto, o que preocupa são as mudanças climáticas e as frequentes estiagens que variam entre diferentes regiões. A maior preocupação se dá pela possível diminuição da água potável, desta forma é preciso encontrar soluções inteligentes para evitar seu desaparecimento.

Neste contexto surgem algumas maneiras de captação da água e a que mais se destaca é a cisterna. Cisternas são reservatórios de águas pluviais que podem ser aproveitadas para a alimentação, limpeza e irrigação. Este meio de captação de água pode ser instalado de várias maneiras sendo que a mais utilizada é a que conduz, através de calhas, a água das chuvas que caem sobre os telhados até os reservatórios.

O CEDUP Getúlio Vargas tem um enorme gasto de água. Dentro da instituição percebeu-se que algumas tarefas diárias que demandam maior quantidade de água são aquelas que podem ser realizadas sem o uso da água potável como a lavação de calçadas, descarga de banheiro e chuveiro. Como as instalações da escola tem uma grande área de cobertura (telhados) teve-se a ideia de instalar uma cisterna para diminuir o gasto da água.

Foram instaladas duas cisternas que captam uma quantidade de 30m³ de água, esta água vinha sendo utilizada apenas para a lavação das calçadas, pois a mesma está disposta abaixo do nível onde poderia ser utilizada nos banheiros. A água sobressalente acabava não sendo ocupada.

Visualizando esta situação, o professor Thiago Grassiolli, responsável pelo setor de olericultura, juntamente com Hélio Campana, analista técnico em gestão educacional, encontraram uma utilidade para a água que estava sobrando. Como o setor de olericultura está situado abaixo do nível das cisternas a água poderia ser conduzida por gravidade para o reservatório de irrigação das hortaliças.

Porém, geralmente há o acúmulo de detritos sobre os telhados e estes são levados junto com a água para a cisterna. Visto que o sistema de irrigação utilizado é por gotejamento, os detritos que estão misturados à água tendem a entupir as galerias e orifícios dos gotejadores. Para resolver este problema encontrou-se mais uma alternativa, a montagem de um sistema de filtragem da água.

Para esta filtragem foram utilizadas duas caixas de fibrocimento, que estavam inutilizadas pelos setores da escola, para a montagem do filtro. Este filtro é formado por camadas de brita grossa e fina, e também areia, que tem a finalidade de fazer uma filtragem mais minuciosa. A água “suja” entra pela parte de cima de caixa, passa pela camada de brita grossa, depois pela camada de brita fina e, por fim, pela camada de areia. Terminado o processo de filtragem, a água obtida é límpida e sem nenhum resíduo, excelente para a irrigação das hortaliças produzidas na escola.